[img1]Tudo começou em 1999. No Rio de Janeiro, o verão daquele ano foi marcado pelo rompimento de um tubo submarino que transporta para o mar aberto o esgoto produzido na cidade, evitando a liberação de poluentes na orla. Resultado: as principais praias cariocas foram interditadas para uso dos banhistas, porque estavam completamente poluídas.
Marcelo Marinello, de 50 anos, que na época era professor de surfe, não pôde mais dar aulas. Revoltado com a situação, ele fincou uma prancha na areia e afixou nela cartazes com informações sobre o acidente.Depois, promoveu uma passeata. Fechamos a avenida Vieira Souto, em frente à praia de Ipanema. Queríamos mobilizar toda a população carioca. Foi então que surgiu a S.O.S. Praias Brasil, conta ele.
[img2]HOMEM BITUCA E MULHER LATINHA
A ONG é formada apenas por Marcelo e sua esposa, Heloísa Azevedo, que é professora de Educação Física. Durante o ano todo, o casal percorre várias praias em um motorhome (espécie de casa sobre rodas) fazendo campanhas de conscientização, principalmente durante campeonatos de surfe e shows. Para chamar a atenção, eles usam fantasias: ele, de Homem Bituca; ela, de Mulher Latinha. Vestidos com roupas de super-heróis do meio ambiente, eles catam lixo, distribuem sacos plásticos e brincam com as crianças. Algumas pessoas participam, mas muitas viram a cara e continuam sujando. O brasileiro não tem consciência ambiental. Ele sabe que precisa fazer alguma coisa, mas não se dá ao trabalho, diz Marcelo.
TODOS PODEM AJUDAR
Para fazer a ONG sobreviver, Marcelo e Heloísa estão sempre atrás de apoio. Não recebemos ajuda do governo, mas ao longo dos anos conhecemos pessoas dispostas a nos ajudar, explicam. Eles também decidiram fazer um abaixo-assinado para criar um projeto de lei que obrigue cidades litorâneas a construir estações de tratamento de esgoto. Em oito anos, juntaram 300 mil assinaturas. É pouco. Qualquer pessoa pode ajudar. É só imprimir a lista no site www.sospraiasbrasil.org.br, colher assinaturas entre os amigos e nos reenviar pelo correio. Segundo Marcelo, não adianta reclamar que o planeta está piorando e não se mobilizar para mudar as coisas. Uma pessoa pode fazer muita coisa. Basta ter uma idéia e batalhar por ela. O casal é a prova de que isso é possível!
AS LIÇÕES DA S.O.S. PRAIAS BRASIL
Tenha a iniciativa
A ONG S.O.S. Praias Brasil surgiu de uma atitude simples, de fincar a prancha na areia. Não é necessário mobilizar um exército para mudar o mundo: basta acreditar nas suas idéias e lutar para torná-las realidade no seu dia-a-dia.
[img3]Pense nas crianças
Elas são o futuro. É nelas que temos de construir a idéia de preservação. É difícil mudar o comportamento de um adulto mal-educado, mas as crianças ainda podem ser conscientizadas, explica Marcelo.
Não desista
Como não recebem ajuda garantida todo mês, às vezes as contas apertam. Heloísa já pensou em voltar a dar aulas. Mas o Marcelo não me deixa desistir. Por mais dificuldades que a gente passe, ele tem certeza de que fazer isso é o certo.
Tenha colaboradores
Conseguimos manter a ONG por causa das pessoas que conhecemos nos últimos anos. Elas sabem do nosso projeto e contribuem para nossas campanhas, doam camisetas e adesivos para vendermos. Sem eles, a S.O.S. Praias Brasil não estaria viva até hoje, conta Marcelo.
CASAL-LIMPEZA Heloísa e Marcelo se unem na hora de catar o lixo deixado pelos turistas nas praias (foto: Smorigo)
Tudo começou em 1999. No Rio de Janeiro, o verão daquele ano foi marcado pelo rompimento de um tubo submarino que transporta para o mar aberto o esgoto produzido na cidade, evitando a liberação de poluentes na orla. Resultado: as principais praias cariocas foram interditadas para uso dos banhistas, porque estavam completamente poluídas.
Marcelo Marinello, de 50 anos, que na época era professor de surfe, não pôde mais dar aulas. Revoltado com a situação, ele fincou uma prancha na areia e afixou nela cartazes com informações sobre o acidente.Depois, promoveu uma passeata. Fechamos a avenida Vieira Souto, em frente à praia de Ipanema. Queríamos mobilizar toda a população carioca. Foi então que surgiu a S.O.S. Praias Brasil, conta ele.
SUPER-HERÓI Marcelo se fantasia e luta pelo planeta (foto: Alex Genari)
HOMEM BITUCA E MULHER LATINHAA ONG é formada apenas por Marcelo e sua esposa, Heloísa Azevedo, que é professora de Educação Física. Durante o ano todo, o casal percorre várias praias em um motorhome (espécie de casa sobre rodas) fazendo campanhas de conscientização, principalmente durante campeonatos de surfe e shows. Para chamar a atenção, eles usam fantasias: ele, de Homem Bituca; ela, de Mulher Latinha. Vestidos com roupas de super-heróis do meio ambiente, eles catam lixo, distribuem sacos plásticos e brincam com as crianças. Algumas pessoas participam, mas muitas viram a cara e continuam sujando. O brasileiro não tem consciência ambiental. Ele sabe que precisa fazer alguma coisa, mas não se dá ao trabalho, diz Marcelo.
TODOS PODEM AJUDARPara fazer a ONG sobreviver, Marcelo e Heloísa estão sempre atrás de apoio. Não recebemos ajuda do governo, mas ao longo dos anos conhecemos pessoas dispostas a nos ajudar, explicam. Eles também decidiram fazer um abaixo-assinado para criar um projeto de lei que obrigue cidades litorâneas a construir estações de tratamento de esgoto. Em oito anos, juntaram 300 mil assinaturas. É pouco. Qualquer pessoa pode ajudar. É só imprimir a lista no site www.sospraiasbrasil.org.br, colher assinaturas entre os amigos e nos reenviar pelo correio. Segundo Marcelo, não adianta reclamar que o planeta está piorando e não se mobilizar para mudar as coisas. Uma pessoa pode fazer muita coisa. Basta ter uma idéia e batalhar por ela. O casal é a prova de que isso é possível!
AS LIÇÕES DA S.O.S. PRAIAS BRASILTenha a iniciativaA ONG S.O.S. Praias Brasil surgiu de uma atitude simples, de fincar a prancha na areia. Não é necessário mobilizar um exército para mudar o mundo: basta acreditar nas suas idéias e lutar para torná-las realidade no seu dia-a-dia.
DE OLHO NO FUTURO As crianças precisam ser conscientizadas (foto: Arquivo SOS)
Pense nas criançasElas são o futuro. É nelas que temos de construir a idéia de preservação. É difícil mudar o comportamento de um adulto mal-educado, mas as crianças ainda podem ser conscientizadas, explica Marcelo.
Não desistaComo não recebem ajuda garantida todo mês, às vezes as contas apertam. Heloísa já pensou em voltar a dar aulas. Mas o Marcelo não me deixa desistir. Por mais dificuldades que a gente passe, ele tem certeza de que fazer isso é o certo.
Tenha colaboradoresConseguimos manter a ONG por causa das pessoas que conhecemos nos últimos anos. Elas sabem do nosso projeto e contribuem para nossas campanhas, doam camisetas e adesivos para vendermos. Sem eles, a S.O.S. Praias Brasil não estaria viva até hoje, conta Marcelo.
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