Porque é vital                         continuar alertando sobre os malefícios do cigarro por Nira BesslerMuitos fumantes não agüentam mais ouvir as advertências do   Ministério da Saúde: Fumar causa câncer de pulmão,   câncer de boca, infarto do coração etc. Mas não   tem jeito; quem quiser falar seriamente sobre cigarro vai ter de transmitir   todas essas informações. Por um motivo simples: elas são   verdadeiras.                           O cigarro é fator                           de risco para diversas doenças. Isso significa                           que uma pessoa que fuma tem mais chances de contrair                           uma série de males. Alguns estão diretamente                           ligados ao tabaco. De cada dez casos de câncer                           de pulmão, por exemplo, nove são conseqüência                           do fumo, assim como 85% das mortes por enfisemas.                          Não é à toa                           que o Ministério da Saúde tem criado                           tantas medidas para desestimular o consumo de cigarro,                           principalmente nos últimos 15 anos. O fumo gera                           sobrecarga do sistema de saúde com tratamento                           de doenças ligadas a ele, causa mortes precoces                           de cidadãos em idade produtiva, aumenta as faltas                           no trabalho, reduz a qualidade de vida de fumantes                           e de sua família. Uma pesquisa do Banco Mundial                           apontou que esses e outros fatores geram uma perda                           de 200 bilhões de dólares por ano em                           todo o mundo.                            Fumante inala mais de 4700 substâncias tóxicas a cada tragada                            No Brasil, estima-se que                           80 mil pessoas morram precocemente a cada ano devido                           ao tabagismo. Mas por que o fumo faz tanto mal? Quando                           uma pessoa traga a fumaça de um cigarro, está inalando                           mais de 4700 substâncias tóxicas. Muitas                           delas vêm do processo de plantio do tabaco. Os                           agrotóxicos utilizados na plantação                           acabam sendo inalados, por tabela, pelo fumante.                          Outras substâncias                           fazem parte da própria composição                           do tabaco ou são produzidas durante sua queima.                           O monóxido de carbono - o mesmo gás venenoso                           que sai do escapamento de automóveis -, por                           exemplo, dificulta a oxigenação do sangue                           e causa doenças como a arteriosclerose.                           O alcatrão é,                           na verdade, um composto de mais de 40 substâncias                           comprovadamente cancerígenas. Assim, 30% das                           mortes por câncer se devem ao fumo. O tabagismo                           pode causar tumores não apenas no pulmão,                           mas também na boca, laringe, faringe, esôfago,                           pâncreas, rim, bexiga e colo de útero.                          Mas um dos maiores vilões é mesmo                           a nicotina, responsável pelo prazer e pela dependência.                           Ela acelera a freqüência cardíaca                           e contribui para o surgimento de doenças cardio-vasculares.                           Basta dizer que 45% dos infartos agudos do miocardio                           em pessoas abaixo de 65 anos são causados por                           tabagismo. A nicotina também estimula a produção                           de ácido clorídrico, causando azia, podendo                           levar a uma úlcera e até a um câncer                           de estômago.                           Área para fumantes: um mal necessário                          Esses e muitos outros                           malefícios gerados pelo tabagismo não                           ficam restritos aos fumantes. As pessoas que convivem                           com eles também sofrem as conseqüências                           do cigarro. São os chamados fumantes passivos.                           Ao respirar a fumaça do cigarro, a pessoa está absorvendo                           substâncias tóxicas e cancerígenas.                           Por isso, o fumante passivo tem 30% a mais de chances                           de ter câncer, e a probabilidade de sofrer um                           infarto do miocárdio aumenta 24%, em relação                           a uma pessoa que não convive com tabagistas.                          Está aí a                           importância de se criar ambientes exclusivos                           para fumantes em restaurantes e empresas. "É essencial                           conscientizar os funcionários que fumam de que                           ninguém está indo contra eles. O que                           estamos fazendo é proteger o não-fumante                           do tabagismo passivo. O fumante não está sendo                           discriminado, nem é proibido de fumar. Ele apenas                           terá uma área específica para                           isso. O não-fumante acaba sendo protegido da                           poluição", explica o médico                           pneumologista Ricardo Meireles, da Divisão de                           Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer                           (INCA).                          As advertências                           do Ministério da Saúde sobre os malefícios                           do cigarro e outras leis anti-tabagistas podem incomodar                           algumas pessoas, mas já estão dando resultados.                           Uma pesquisa recente, encomendada pelo INCA, demonstrou                           que, entre 1989 e 2002, o percentual de fumantes no                           Estado do Rio de Janeiro caiu de 29,8% para 21,4%.                           De acordo com INCA, tudo indica que essa é uma                           tendência nacional.                          Fonte                         O dia Online  |                      
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